Alimentos Vivos



Alimentos Vivos

Podemos aumentar nossa “energia vital” através do contato com o ambiente e os elementos da natureza. Quanto melhor a qualidade do nosso habitat, melhor a captação de energia. Essa é a razão fundamental para que todos nós estejamos empenhados na preservação do AR que respiramos, da ÁGUA que consumimos, do solo de onde vem a comida e dos raios solares (FOGO principal) que recebemos. Estamos conscientes de que a preservação ambiental é determinada por nossos hábitos diários de consumo, seja vivendo na zona urbana ou rural.
Assim, além da escolha alimentar, inclui-se neste estilo de vida a reflexão sobre a ética do consumo e os impactos ambientais em cada ação cotidiana, desde o momento que acordamos pela manhã! Como observadores atentos, passamos a viver a vida baseada em cuidados, o “estar-no-mundo-com-os-outros”, como diz L. Boff. E também com o cuidado diário com o nosso corpo, nossa expressão, onde procuramos escutar a natureza em seu interior e ser o nosso próprio médico, recuperando antigos e profundos conhecimentos de uma espécie que vive há milênios neste planeta!
A Alimentação Viva se baseia no respeito à ENERGIA DE VIDA da qual somos feitos. Não é uma dieta, mas é um estilo de vida que reconhece como fundamento da existência, a energia — ou consciência vital e que tudo no Universo está vivo, interligado e tem
propósito.
Considera que nosso corpo, composto por células vivas, precisa de alimentos vivos para manter a saúde, o bem estar e a alegria que são suas condições naturais.
Uma Alimentação para a Vida dá prioridade a alimentos frescos, sem cozimento, preferivelmente de origem orgânica (livres de pesticidas e fertilizantes químicos) com a contribuição especial dos brotos,
reconhecendo neles uma maneira simples, prática e econômica de receber a mais concentrada forma de energia de vida comestível.
As enzimas contêm a energia vital que dá origem à vida nas células. Elas dão a cada ser vivo, a cada espécie de planta e animal, sua característica própria, sua individualidade; constroem os órgãos e mantêm seu funcionamento. Não há divisão celular, crescimento e reprodução sem enzimas específicas.
Nosso organismo, porém, não conseguem produzir sozinho todas as enzimas.
Como as vitaminas, diversas enzimas precisam ser obtidas através da alimentação viva.
E quanto mais enzimas (alimentos crus) a nossa alimentação contém, mais vida nova, mais células novas o corpo pode gerar. Isto significa energia, vitalidade, mais resistência, maior defesa contra doenças e bom funcionamento geral do organismo. Enzimas são uma das melhores descobertas para manter a saúde, proteger-se contra as doenças e até mesmo curar-se delas.

Sementes

“Semente, estrutura que conduz o embrião , o germe, causa, origem, sêmen”. Ela reúne a força do vegetal e o simbólico naquele ser vivo que aguarda o momento de vir a ser.
As sementes então carregam este “embrião, germe ou pólo germinativo”, com um projeto de raiz (radícula) e de caule, revestido de proteção (que contém um inseticida natural) e reservas de alimento que vão alimentar a planta nova até que ela possa buscar por conta própria. É uma planta em seu limite mínimo de manutenção da vida, pronta para beber a água e desenvolver suas potencialidades. Para ela, germinar significa inverter da dormência para o despertar! Um processo que sai do consumo mínimo de energia para a explosão máxima.

Segundo Goethe a planta em estado de semente, através da luz, calor e água, quando colocada na terra, germina e cresce provocando movimentos de contração e expansão. Surge então o elemento rítmico do crescimento, próprio dos seres vivos. Ocorre então uma metamorfose, ou seja, uma transformação de um elemento para outro em outro plano.
A primeira manifestação de expansão são as folhas; de contração são os nós do caule de onde saem as folhas; nova contração surge o cálice floral; nova expansão surge o fruto e finalmente nova contração onde surge a semente, fechando-se o ciclo.
Segundo ele, ainda há na planta duas polaridades: uma em direção ao solo, onde as substancias se condensam e se mineralizam e outra em direção às flores e frutos, onde as substancias os torna mais leves, chegando a formação de óleos voláteis e perfumes. Além do odor e sabor, no pólo superior da planta se formam as cores tanto das flores quanto dos frutos. Depois de polinizadas algumas plantas desaparecem deixando a semente no solo para gerar outra planta.
Novamente se materializa e desmaterializa, no movimento de expansão e retração, repetidamente acolhendo as metamorfoses.
Goethe, pensador, poeta e botânico consegue juntar nesta obra toda sua criatividade e hoje ainda é conhecido pela grande contribuição que deu aos botânicos.